Festas

Elul é o décimo-segundo mês do calendário civil judaico e o sexto mês calendário religioso hebraico. É um mês de verão de 29 dias. Elul geralmente cai em Agosto-Setembro no calendário gregoriano. O mês de Elul é um tempo de arrependimento, misericórdia e perdão à preparação para as Grandes festas no judaísmo de Rosh Hashaná e Yom Kipur. É de costume tocar o shofar todas as manhãs, tendo nossas mezuzot e nossos tefilin examinados para ter certeza de que ainda estão adequados, tendo mais cuidado com a cashrut e recitando selichot especiais (preces penitenciais) à medida que se aproxima o final do mês. No hebraico, Elul é um acrônimo de "Ani Ledodi Vedodi Li"(Eu estou para o meu Amado e meu Amado está para mim). Elul é visto como um tempo de um indivíduo buscar em seu coração em preparação para o Dia do Julgamento que está por vir, o Rosh Hashaná, e o Dia do Perdão, o Yom Kipur.


Rosh Hashanah (Ano Novo Judaico)

Rosh Hashanah (ano novo judaico) é comemorado no 1º dia de Tishrei, neste ano o rosh Hashanah cairá no dia 29 de setembro, tendo inicio ao por do sol do dia 28. O mês de Tishrei é o sétimo no calendário judaico religioso. Isso pode parecer estranho, pois Rosh Hashaná, o Novo Ano, é no primeiro e segundo dia de Tishrei. A razão é que a Torá fez o mês de Nissan o primeiro do ano, para enfatizar a importância histórica da libertação do Egito, que aconteceu no décimo quinto dia daquele mês, e que assinalou o nascimento de nossa nação. Entretanto, de acordo com a tradição, o mundo foi criado em Tishrei, ou mais exatamente, Adam (Adão) e Chava (Eva) foram criados no primeiro dia de Tishrei, que foi o sexto dia da Criação, e é a partir deste mês que o ciclo anual se inicia. Por isso, Rosh Hashaná é celebrado nesta época. Um componente importante da preparação de Rosh Hashaná é pedir perdão às pessoas que ofendemos, desonramos ou com as quais não agimos da maneira correta durante o ano anterior. Da melhor forma possível, queremos começar o ano com um estado de alma limpa e sem que ninguém guarde nenhum rancor contra nós. As pessoas também devem agir rapidamente perdoando àqueles que as ofenderam ou não as trataram corretamente.

Há doze meses no ano, e há doze Tribos em Israel. Cada mês do ano judaico tem sua Tribo representativa. O mês de Tishrei é o mês da Tribo de Dan. Isto tem um significado simbólico, pois quando Dan nasceu, sua mãe Lea disse: "D'us julgou-me e também atendeu à minha voz." Dan e Din (Yom HaDin, Dia do Julgamento) são ambos derivados da mesma raiz, simbolizando que Tishrei é a época do Julgamento Divino e do perdão. O mazal de Tishrei é a Balança. Este é o símbolo do Dia do Julgamento, quando D'us pesa as boas e as más ações do ser humano. “Que você seja inscrito no Livro da Vida” Esta é a saudação usual durante esse período, e acredita-se que, em Rosh Hashaná, o destino da humanidade seja registrado por D-us no Livro da Vida. No Yom Kipur, o livro é fechado e lacrado.

“O SHOFAR”

O shofar é um dos instrumentos de sopro mais antigos usados pelo homem. Somente a flauta do pastor – chamada Ugav, na Bíblia – o iguala em idade (de acordo com algumas opi-niões), mas não tem função no serviço Divino nos dias de hoje. O shofar, porém, é o mesmo que aquele usado há milhares de anos. Durante a história da humanidade foram inventados instrumentos novos, abandonados os velhos e somente nos museus poderemos encontrar uma flauta antiga. Não é digno de admiração que ainda nos apeguemos ao antigo shofar? O shofar não produz sons delicados como o clarim moderno, a trombeta ou outro instrumento de sopro. Para nós, o shofar não é um instrumento "musical"; não é usado por prazer ou divertimento. Longe disto; tem um sentido muito mais profundo. É um chamado para o arrependimento, avisando a chegada dos Dez Dias de Arrependimento, que começam com Rosh Hashaná e culminam com Yom Kipur. Nos tempos antigos, o shofar era usado em ocasiões solenes. A palavra shofar é mencionada pela primeira vez em conexão à Revelação Divina no Monte Sinai, quando "a voz do shofar era por demais forte e todo o povo do acampamento tremeu". Assim, o shofar em Rosh Hashaná deve nos lembrar a aceitação da Torá e nossas obrigações decorrentes de suas Leis.






“ALIMENTOS SIMBÓLICOS”
Maçã - Mergulhamos uma fatia de maçã doce no mel, recitamos a bênção da fruta (Borê Peri Haêts) e falamos: "Yehi ratson milefanêcha shetechedêsh alênu shaná tová umetucá".
"Que seja da Tua vontade renovar para nós um ano bom e doce ".



Mel - O valor numérico da palavra "dvash" (mel) equivale ao valor de "Av Ha'Rachamim" (Pai Misericordioso): assim o mel representa a esperança de que a sentença decretada pelo Supremo Juiz seja amenizada pela Sua compaixão




Chalot - As chalot servidas em Rosh Hashaná são redondas, símbolo de continuidade e eternidade, como o círculo que não tem começo nem fim; sem ângulos, nem arestas, um pedido para um ano sem conflitos. Costuma-se mergulhar o pão no mel em vez do sal habitual, em todas as refeições desde Rosh Hashaná até o sétimo dia de Sucot.



Yom Kipur (Dia do Perdão)

Yom Kipur, o Dia do Perdão, é o dia mais sagrado e solene do ano judaico o “Sábado dos Sábados” (Shabat HaShabatot), e é observado no dia 10 de Tishrei. É um dia de jejum, reflexão e orações.
Yom Kipur é este dia único, especial e indispensável, no qual o homem tem condições espirituais para d'Ele se aproximar. No dia de Yom Kipur o poder do mal é suspenso e a Santidade Suprema é revelada. Em Yom Kipur o homem tem a possibilidade de se elevar espiritualmente atingindo o nível dos anjos. Os pecados que cometeu contra D'us, se ele se arrepender sinceramente, serão perdoados, permitindo-lhe retomar seu caminho em direção à Luz. Neste dia, assim como os anjos, Israel não come, não bebe, não usa sapatos de couro. É o único dia em que podemos recitar em voz alta a bênção do primeiro versículo da oração Shemá Israel: "Bendito seja o Nome Daquele cujo glorioso Reino é eterno".
Anjo por um dia
O que são anjos? Os anjos são seres completamente espirituais que só têm um propósito: servir seu Criador.
Em Iom Kipur, todo judeu é como um anjo. Como o Maharal de Praga explica:
"Todas as mitzvot referentes a Iom Kipur que D'us nos comandou são destinadas a remover, tanto quanto for possível, nossa relação com o lado físico, até que fiquemos iguais a um anjo".
Assim como os anjos (por assim dizer) estão sempre de pé, muitos de nós passamos a maior parte de Iom Kipur de pé, na sinagoga. E da mesma forma que os anjos se vestem de branco, estamos acostumados a nos vestir de branco em Iom Kipur. Yom Kipur é um dia de “NÃO” fazer. Assim como os anjos não comem nem bebem, nós também não comemos nem bebemos.



Cinco aspectos
Existem cinco áreas de envolvimento físico com as quais não nos relacionamos em Iom Kipur. São elas:
1.Comer e beber
2.Lavar-se
3.Passar óleos e loções (cremes) na pele
4.Ter relações conjugais
5.Usar sapatos de couro



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